sexta-feira, 21 de maio de 2010

Se um dia eu morrer



Se um dia eu morrer
Por sorte, ficar sem nada
Ficará sempre a doer
A memoria de te ter
A sorte de ter, em cada

Cada um dos teus gemidos
Prazer disfarçado em dor
Queixumes que são devidos
A quem tem dever de amor

E a memória traiçoeira
De quem navega o mundo
Pode trazer, noite inteira
Se um dia eu morrer
Um prazer bem mais profundo

A experiência de um homem
Não é o que lhe acontece
É antes, e não parece
O que faz com ela o homem

Vou correr para te ver
Alma que és, nua e singela
Lago calmo, caravela
Como as cores de uma aguarela
Se um dia eu morrer

1 comentário:

TUNA REMAX! disse...

Se um dia eu morrer...Todos nós vamos morrer! Qd eu morrer, rosas brancas! É sinal do bem que espalhei na minha missão.

Continua João. É com grande orgulho que coloco aqui os teus poemas:)

Abraço Filipe